“independência ou morte”! O grito da independência do nosso pais está muito longe de ser uma realidade caduca que não nos compromete e não nos toca.

É antes de tudo uma realidade por se conquistar. Talvez alguém, em alguma parte deste imenso e belo país, me pergunte: “como tornar independente o Brasil, se este já é independente? – responderei a ele: sim, está certo. Gritamos independência a Portugal e vencemos, somos independentes. Mas o que muda? O fato de nos tornarmos independentes de Portugal não nos livra de nos escravizarmos a nós mesmos. O que é pior. Pior do que um senhor de escravo escravizar e maltratar seus escravos é o fato de um escravo “alforriado” maltratar seus escravos.

É pior pois ele sentiu na pele o que significa sofrer,o que significa ser escravo. Acredito que não seja diferente do que hoje vemos.

Somos um país belo, cheio de encantos e de recantos. Contudo, não podemos nos omitir de que a história nos assombra e nos chama a responsabilidade de sermos “pais de uma nova história, de um novo país”.

Todos os dias somos surpreendidos por muitas notícias desagradáveis, que nos mostram a frieza e crueldade humana. O grito da independência precisa ser de novo ouvido. É preciso gritar por um mundo e uma nação mais justa, que não exclui os seus próprios filhos, que não joga a mendicância os seus cidadãos, que não retira direitos de quem já é fragilizado, a fim de manter, na história, uma boa economia, em detrimento da pessoa humana.

Inverteu-se a lógica! É preciso um grito forte que nos desperte para a construção de uma nova história. O homem não é mal. É preciso acreditar nisso. É preciso acreditar de que um novo tempo somente será conquistado quando de novo nos dermos as mãos, quando de novo voltarmos a sonhar de que é possível mudar a história.

Lutemos não com armas quer materiais ou ideológicas, mas com o exemplo pessoal. Uma verdadeira transformação nasce no interior e se espalhar para as estruturas. As estruturas não se mudam sozinhas. É preciso mudando-nos, mudá-las. Lutemos, gritemos, ouçamos, o grito da independência, de uma nova independência está por ser ouvido. Será um grito forte. Um grito capaz de “abalar o mundo”.

Que Maria, mãe Aparecida, nos acompanhe nesta travessia e quando nos faltar alegria e ânimo, dizei a seu Filho, “Filho eles não tem mais alegria e ânimo”. Roga por nós. Amém. 

Leandro Francisco da Silva, SDB

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