O voluntariado é uma tendência social relevante que nos diz respeito em várias áreas, educativas, sociais, políticas, religiosas. Em quase todas as nações do mundo difundiu-se entre os cidadãos uma consciência maior de participação ativa na vida social, que é definida justamente como voluntariado.

Assim, o termo “voluntariado” é um recipiente muito amplo e pouco definido que quer evidenciar a livre decisão de cidadãos, individualmente ou em grupos organizados, serem protagonistas da vida social.

O voluntariado propõe a vivência dessa nova cultura, feita de disponibilidade, dedicação, participação e solidariedade, e passa a ser proposto como agente propiciador da transformação social e da implantação de uma cultura de partilha e de solidariedade.

O voluntariado propicia ao jovem a descoberta de si mesmo, das suas riquezas humanas e potencialidades; desperta para o espírito de liderança e trabalho em grupo; contribui para o aumento da autonomia, orientada para a responsabilidade pessoal e social; favorece a maturação afetiva com o exercício do aperfeiçoamento na capacidade de amar e na disponibilidade de doar-se, orienta para o futuro, com a capacidade positiva de projetualidade, a qual funciona como um eixo estruturante da personalidade e como dinamismo de motivação para traçar projetos, reconsiderar as própria escolhas, empenhar-se no bem do próximo, repensar o sentido da vida… O voluntariado efetuado na gratuidade e solidariedade leva o jovem, naturalmente, a dar novo e profundo significado para a sua vida e para a vida dos outros.

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Voluntariado Salesiano

Onde quer que atue a Família Salesiana encontra jovens conscientes e generosos que se sentem atraídos para o voluntariado. O voluntariado salesiano é uma realidade organizada que promove um programa de ação voluntária, inspirada nos valores da espiritualidade salesiana e inserida no projeto educativo-pastoral salesiano.

Dom Bosco teve uma grande sensibilidade pelo social. Soube, sobretudo, convocar e entusiasmar muitas pessoas, jovens e adultos, leigos e consagrados, a serviço da educação e promoção dos jovens e do povo, dentro e fora das obras salesianas.

Em Valdocco, ele viveu uma experiência de vida com os jovens e adultos disponíveis a trabalhar com ele para a educação e a salvação dos jovens. Essa “vivência carismática” e comunitária, núcleo da Espiritualidade Salesiana, ilumina o projeto de voluntariado da Família Salesiana. Eis algumas de suas características:

  • Amor preferencial pelos jovens, especialmente os mais pobres, como sinal do amor especial de Deus por eles;
  • Pedagogia da bondade, expressão da caridade concreta na medida dos jovens, que suscita neles correspondência de amor;
  • Espírito de família: estilo de relação humana serena e acolhedora, que suscita uma visão positiva de si, constrói um ambiente formativo estimulante, encoraja o caminho de grupo e o protagonismo no esforço pessoal de crescimento;
  • Empenho no quotidiano como espaço de resposta à própria vocação humana e cristã e lugar no qual colaboramos para desenvolver a missão redentora de Cristo e a transformação do mundo;
  • Otimismo e a alegria de vida: confiança na vitória do bem, abertura aos valores humanos presentes em todas as pessoas, também nas mais pobres e carentes, a pedagogia da alegria e da festa.

voluntarios

O Voluntário Salesiano realiza seu serviço no interior da missão da Igreja e da Congregação Salesiana. As áreas de serviço nas quais o voluntário atua são variadas, entre elas a área de evangelização, educativo-pastoral e área social.

Nele procura-se viver alguns valores e atitudes fundamentais que constituem o seu estilo de ação:

  • Gratuidade, como atitude de toda a própria vida e da própria capacidade profissional ao chamado para a construção de um mundo melhor;
  • Espírito comunitário, o voluntário coloca seus dotes e qualidades a serviço do projeto e da comunidade em que atua. Evita trabalhar individualmente ou de modo Está disponível ao diálogo e ao confronto, à programação e à revisão, ao trabalho em equipe;
  • Estilo “oratoriano”, exprime na ação um “coração oratoriano” que sabe estar com os jovens e fazer-se amar, que leva a dar o primeiro passo para compartilhar a vida deles, que cria um ambiente de família que funde, no quotidiano, questões juvenis, experiências de vida e caminho de fé. Acompanha os jovens em percursos formativos pensados à medida deles e respeitosos da sensibilidade deles;
  • Solidariedade, com opção clara e preferencial pelos últimos, particularmente os pobres e marginalizados, o voluntário esforça-se por descobrir, respeitar, apreciar e fazer apreciar os valores da cultura em que trabalha, e aprender a língua do lugar;
  • Inserção crítica e responsável na realidade social na qual trabalha e na pastoral da Igreja local: o voluntário adquire uma visão global e critica da realidade social, contribui para a remoção das causas da injustiça, colabora na construção do Reino de Deus e promove os valores evangélicos do amor, do serviço, do perdão, da partilha fraterna, da confiança na bondade do Pai.

Perfil do voluntário Salesiano

Quem é o voluntário?

É uma pessoa leiga, que tendo chegado a maioridade e depois de uma preparação, põe a serviço desinteressado dos jovens e da camada popular, especialmente dos mais pobres e “em perigo”, a própria profissão ou outros dotes e capacidades pessoais, na linha do carisma e da missão salesiana, com um empenho explícito e continuado.

Quais as obrigações do voluntário

  • Cumprir as obrigações assumidas;
  • Ser assíduo e pontual;
  • Participar das atividades religiosas e formativas propostas e necessárias para manterá qualidade e espiritualidade do trabalho;
  • Ouvir atentamente as instruções e cumpri-las sempre;
  • Atuar de forma diligente, generosa e solidária;
  • Respeitar o decoro no vestir;
  • Respeitar e cuidar dos materiais disponibilizados pelas casas;
  • Todas as funções serão desempenhadas com diligência, sentido de generosidade e serviço do bem comum. Deve-se manter uma atitude de colaboração permanente entre os próprios voluntários, e ter sempre em mente que todo serviço executado é antes de tudo uma ação missionária, com a qual cada um, utilizando dos seus dons e capacidades, ajuda a construir o Reino de Deus

Voluntariado Missionário na MSMT: a Missão Juvenil

Principalmente nos anos 2011, 2012 foram realizadas as experiências na área indígena com os Bororo e Xavante de Meruri, Sangradouro e São Marcos; na Associação São Domingos Sávio (Pedra 90), no Oratório D. Bosco em Rondonópolis.

Junho de 2011 – Missão Juvenil em Meruri, São Marcos e Rondonópolis em média 30 jovens

Novembro de 2011 – Encontro Inspetorial de Voluntariado

Janeiro de 2012 – Missões e Rondonópolis média 8 jovens

Julho de 2012 – Missão Juvenil em Barra do Garças,  Meruri, Sangradouro, Rondonópolis e Pedra 90 em média 60 jovens, incluindo um jovem Romeno.

Dentre eles, 20 jovens Universitário de Lins, desenvolveram atividades relacionadas aos seus cursos, nas missões de Meruri e Sangradouro.

Em 2013 não houve atividades de voluntariado, devio a JMJ, retomando as atividades em 2014, com uma reorganização do Voluntariado e priorizando as atividades nas obras sociais e oratórios.

Setembro de 2014 – Encontro Interinspetorial de Voluntariado.

Janeiro de 2015 – Coxipó da Ponte – Pedra 90, média 10 jovens, sendo 5 de outras presenças acompanhados por 2 pós noviços

Junho de 2015 – CAIJ – Corumbá, média de 10 jovens, sendo 2 de outras presenças e 3 Espanholas, todo o trabalho foi acompanhado pelos pós noviços do 1º ano

Janeiro de 2016 – GAM/SP – 08 Jovens da nossa Inspetoria participaram, acompanhados pelo padre Rafael Zanata, delegado Inspetorial para a Pastoral juvenil. Nessa missão estiveram presentes mais de 100 jovens dos GAMs das cidades de Piracicaba, Pindamonhangaba e São José dos Campos. O objetivo da semana missionária além de anunciar a Boa Nova, é de promover a interação dos jovens que conhecem diferentes realidades, disseminam o carisma salesiano e voltam para casa com a fé renovada e motivados a seguir os passos de Jesus, guiados por Dom Bosco.

 

Voluntariado Social

Participação de Jovens Universitários das nossas IUS, ou de modo esporádico, ou para dar continuidade aos projetos identificados na Missão Juvenil a partir de 2011, como aconteceu com os universitários de Lins ou de 2012;

Retomado em 2014 com 8 acadêmicos da UCDB, acompanhados pelos professores e o Delegado de Animação Missionária

Jovens Universitários de Santos – da área médica – que tem visitado, no mês de janeiro, há cinco anos, as missões indígenas, especialmente Meruri, Sangradouro, e perspectiva de iniciar o trabalho em São Marcos;

Jovens vindos da Itália – mês de janeiro – para o voluntariado em Campo Grande, especialmente na AMPARE e Casa Dom Bosco, ligados à Ir. Silvia;

Jovens vindos da Europa em geral – para um trabalho realizado particularmente em Corumbá junto ao finado Pe. Saksida e Pe. Pascoal Forin.

Bibliografia:

  • SBERGA, A.A, Voluntariado Jovem – Construção da identidade e educação sociopolítica, SP/2001
  • CG24
Fonte Internet: http://www.jornadasalesiana.com.br/

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