Sexta-feira da 17ª semana do Tempo Comum – São João Maria Vianney

Evangelho (Mt 13, 54-58)

Naquele tempo: 
54 Dirigindo-se para a sua terra, 
Jesus ensinava na sinagoga, 
de modo que ficavam admirados. 

E diziam: 
‘De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 
55 Não é ele o filho do carpinteiro? 
Sua mãe não se chama Maria, 
e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 
56 E suas irmãs não moram conosco? 
Então, de onde lhe vem tudo isso?’ 
57 E ficaram escandalizados por causa dele. 
Jesus, porém, disse: 
‘Um profeta só não é estimado 
em sua própria pátria e em sua família!’ 
58 E Jesus não fez ali muitos milagres, 
porque eles não tinham fé. 

 

Reflexão:

Queridos irmãos,

A liturgia desta sexta-feira da 17ª semana o Evangelho nos apresenta Jesus que, dirige-se aos judeus com a autoridade de quem é Filho de Deus, cumprimento da promessa outrora revelada ao povo da antiga aliança de Israel. Jesus dirige-se aos judeus com a autoridade de quem sabe o que diz, de quem viu o Pai e por O anuncia com destemor e fidelidade. Celebramos ainda a memória obrigatória de São João Maria Vianney, padroeiro dos párocos e dos padres, com ele aprendamos a difícil arte de crer e de anunciar o reino de Deus, conduzindo o povo à pátria eterna.

A autoridade com Jesus se dirigia aos judeus, levantou a questão, entre eles, de quem é Jesus e de onde ele vem. A resposta destas questões – filho de Maria, seus irmãos são Tiago… – põe em dúvida sua autoridade, o poder divino de atração e de salvação presentes nas suas palavras. Sua condição divina é negada. Jesus é diminuído, suas palavras são palavras únicas e exclusivamente humanas. Diante desta surpresa, algo nos toca, os judeus questionam-se – de onde vem tudo isso? – As surpresas de Deus nos movem, nos questionam, nos fazem pensar. Tudo isso, contudo, exige fé, existe a possibilidade de entender os acontecimentos da vida a partir da fé. Significa crer que nem tudo se encerra neste mundo. Significa que nem tudo é imanente. Que há um Deus que nos vê e que nos surpreende.

No final da leitura evangélica, Jesus encerra afirmando que, por falta da fé, Ele não pôde realizar, entre os seus, muitos milagres. É preciso fé. É preciso deixar-se surpreender por Deus. Ser tocado por suas novidades. É preciso reconhecer, no ordinário da vida, os acontecimentos de Deus. Que Deus aumente em nós a graça da fé. Rezamos ainda pelos padres para que, a exemplo de São João Maria Vianney, sejam sempre dóceis a voz de Deus nas suas vidas, modelando seus corações a partir do coração amoroso do Bom Pastor por excelência, Jesus Cristo, Senhor nosso. Assim seja. Amém.

Leandro Francisco da Silva

Pós noviços salesianos

leandrofsdb@yahoo.com.br

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